Seresteiros do Brasil
O grande artista Silvio Caldas faleceu em 1998 e com ele se grande parte da história dos seresteiros brasileiros. Em homenagem ao Caboclinho Querido, nós Trovadores Urbanos, os Seresteiros do Brasil, iniciamos uma documentação e pesquisa sobre os seresteiros do país visando preservar a cultura da seresta e sua expressão como ritmo brasileiro e patrimônio cultural.
Além do convívio com o músico Silvio Caldas e de show em conjunto, nosso trabalho é garantir que este acervo musical seja mantido e divulgado para as futuras gerações, em forma de vídeo, livro e show.
Um dos trabalhos de destaque do Instituto visando a preservação cultural e dar nomes aos anônimos seresteiros espalhados pelo Brasil, foi realizado em 2016. Produzido em parceria com a professora e historiadora Patrícia Pacini, foi realizado o documentário Seresteiros do Rio São Francisco. Percorrendo as cidades de Pirapora, São Francisco, São Romão e Januário, ao norte de Minas, nas barrancas do Rio São Francisco, foram entrevistados e documentados 30 seresteiros nessa região, gerando o documentário “OS SERESTEIROS DO RIO SÃO FRANCISCO”. Nele, além do trabalho musical dos seresteiros, também se conhece mais sobre o rio chamado pelos índios de Opara, que significa rio-mar, e que foi há mais de 500 anos pelos navegadores Américo Vespúcio e André Gonçalves mas que foi batizado em homenagem a São Francisco de Assis.
Conhecido popularmente como “Velho Chico”, é um rio de grande importância econômica, social e cultural percorrendo cinco estados brasileiros e sendo palco de muitas serenatas.
O documentário mostra pessoas de todas as idades embalados pela vida simples, violão em punho e acordes que encantam. Os seresteiros barranqueiros cantam músicas que falam de lendas, carrancas, vapores, saudades, amores, além de temas atuais e importantes como a grande seca e a transposição do rio São Francisco. Foram realizados, ainda, shows dos Trovadores Urbanos nas quatro cidades, em praças públicas, promovendo uma troca de cultura entre o grupo de seresta de São Paulo e todos os seresteiros da região.
O documentário tem duração de 1 hora e 15 minutos e tem o apoio da Pow Filmes, de Armando Polli e Sanny. Em breve, em parceria com a Negrita Filmes, está prevista a viagem para o interior de São Paulo, onde será produzido um documentário sobre os seresteiros entre São Paulo e Araçatuba, margeando o Rio Tietê.
